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Economia

Perdoai-nos as nossas ofensas, concedei-nos a tua paz

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Publicada em 02/01/25 às 20:31h - 6 visualizações

Dom Jaime Pedro Kohl


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Perdoai-nos as nossas ofensas, concedei-nos a tua paz
Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório  (Foto: Melissa Maciel)

O Papa Francisco continua a nos surpreender com suas mensagens que não se limitam aos católicos, mas alcançam todos os homens e mulheres de boa vontade. Nesta 58ª mensagem para o Dia Mundial da Paz e da Fraternidade Universal, ele é enfático ao desafiar a humanidade a repensar suas atitudes em relação às condições de sobrevivência do planeta. Trata-se de um convite a todos os que têm poder de decisão para reverem suas posições e ouvirem os clamores que pedem socorro.

O tema é muito sugestivo: “Perdoai-nos as nossas ofensas, concedei-nos a paz!”. Fica claro que a paz depende da superação de situações concretas, como o endividamento de nações e povos condenados à pobreza e à dependência econômico-financeira insustentável. Sem disposição para enfrentar essas questões com misericórdia, não se alcançará a paz.

O Papa começa saudando: “A todos vós, esperança e paz, porque este é um Ano de Graça, que vem do Coração do Redentor”. Segundo ele, o Jubileu é um acontecimento que enche o coração de esperança. E de esperança todos nós precisamos para continuar vivos e na luta por um mundo mais humano e feliz. Inspirando-se em Lv 25, ele explica que a esperança se torna concreta quando se restabelecem a justiça e a libertação do povo, quando as correntes da injustiça são quebradas e a justiça de Deus se manifesta.

Impressiona sua ousadia ao propor o perdão da dívida externa, total ou parcial, dos países endividados, em troca da compensação pela dívida ecológica. Ele lembra que os países ricos são os maiores poluidores do planeta.

O Papa insiste que a esperança nasce da experiência da misericórdia de Deus, que é sempre ilimitada em generosidade, superabundante e sem cálculos. A misericórdia divina tem um único objetivo: levantar os caídos, curar os corações feridos e libertar as pessoas de todas as formas de escravidão.

Ele propõe três ações concretas:

- O perdão das dívidas internacionais por meio de um acordo financeiro global.

- A promoção do respeito pela vida humana, desde o nascimento até a morte natural, incluindo a eliminação da pena de morte.

- A criação de um fundo global alimentado por um percentual fixo dos investimentos bélicos, com o objetivo de eliminar a fome no mundo e fomentar atividades educativas.

O Papa conclui afirmando que a verdadeira paz só pode vir de um coração desarmado. Desarmar o coração é um gesto que compromete a todos. Às

vezes, basta um gesto simples: um sorriso, um olhar fraterno, uma escuta sincera. Podemos dizer que a paz do mundo começa no coração humano.




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